domingo, 22 de julho de 2012
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário - 22/07/2012
A rosa
que agora florescia
trouxe de volta o
tic tac
O tempo
por onde ele ia
varria
e a tudo esverdeava
e pelo outro lado
por onde vinha
a flor que florescia
a flor que florescia
dois caminhos
Zig
Zag
correr
por entre colinas e vales
ou navegar
por verdes mares?
Ir no tempo
que a tudo dispersa
ou ir de encontro
ao vento
ao perfume da rosa
que florescia
que florescia?
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário - 20/07/2012
A noite recolheu as sombras
enquanto o vento congelou
todo movimento
ilusório
A luz repartiu-se em milhares de particulas
cristalizadas
espalhando-as pelo céu
olhos
como testemunhas
do milagre
anunciado
Seguiu-se um profundo silêncio
Em instantes
gotas de orvalho eram postas a desenhar
em tecido acetinado
o frescor dos lábios
entreabertos
para no mesmo instante
multiplicá-los
O aroma que brotava
aspergia de paz
a quietude que apenas cintilava
um instante
o brilho que vem da alma
Do elo
que deixei
do outro lado
A noite deixou surgir
o espetáculo
a flor
a rosa
que levei aos lábios
num beijo
seu
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário - 19/07/2012
A tarde
A linha do horizonte
se desprendeu
suavemente e
se instalou entre as duas árvores
em arco
com uma memória
ou criação
em que
tocou a terra
brotou
enfim
até meus lábios
o olfato
anúncio
prenúncio de outra grande
festa
que me traz
luz
que vinha
com as marés
douradas
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário 18/07/2012
Meus olhos continham
dois imensos lagos
formados pela separação
de um oceano
do mesmo cristal
Ao fundo
o leito era de jades
acomodadas
Entre turquesas
esmeraldas
corais
Que da luz rosa
retornavam
brilhos em matizes
esverdeados
Meus olhos
continham o amanhecer e
duas árvores
E minha boca
o gosto
da maçã
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário 18/07/2012
Minha outra parte
floresceu
ao
tic e
tac
Para uma estrela
Luz que vinha
primeiro
Violeta
Para
depois
Cor de rosa
O sol
E um mundo verde e vasto
Ate
O próximo
Degrau
terça-feira, 17 de julho de 2012
Diário de Ronaldo Angelo
Meu diário - 16/07/2012
O segundo
A terra se levanta
E me acolhe num confortável sofá
De dois lugares
Com a cabeça
Encosto no mundo
Penso na algema
Mais conhecida como alma
Sem o ge de Gaia no meio
Broto
Joia
Brilhante
Joia
Da qual a outra parte se desprende
E se põe a vagar
Mundo
Afora
Eu sou o dois e
Um
quarta-feira, 11 de julho de 2012
O diário de Ronaldo Angelo
Meu diário 15/07/2012
Ontem foi sábado
Hoje
Pelo meu calendário
Domingo
de páscoa
O primeiro degrau
Deixei um um pouco
Mais para trás
O dragão
Que me protege
Ri da ira
E de meus ais
A justiça por demais
Grosseira
Para defender uma flor delicada
Tomei notas em meu caderno
Escrevi
Deixar um pouco mais
Atrás
Este adorável
bichinho
Deixei-o ali
dócil
Quase dormindo
Colei
Espelhos de ruídos em volta
Daqueles
Que o pudessem
despertar sem carinho
Voltei-me para
O
Segundo
Meu diário - 13/07/2012
A escadaria
Via Crucis
Por onde todos passam
Cada gota de sangue derramada
Um desperdício
O Orgulho
A Inveja
A Peversidade
O Medo
A Ira
Faces abandonadas
Porque assim disse a luz:
Volte para mim, e eu me voltarei para ti
Deixe os seus carrinhos e essas coisas
Que não valem nada
Deixe os seus caminhos
No meio da tarde
Subi a escada
Não levei nada
Senão
Uma rosa
Meu diário 12/07/2012
Eu
Um instrumento delicado
Tal qual um relógio
Que a vida mantém acordado
Entre o início e fim de uma corda
Linha de pontos imaginários
Usado na costura para unir a outros pedaços
De memória
O tapete em retalhos de todos
Antepassados
Início e fim
Fora do que
Ainda pulsa o mistério ou o milagre
Em manter a acesa a luz do candelabro
Junto à porta principal
Do lado de fora
A escadaria
Eu, tudo
Eu, nada
Eu
Um instrumento delicado
Tal qual um relógio
Que a vida mantém acordado
Entre o início e fim de uma corda
Linha de pontos imaginários
Usado na costura para unir a outros pedaços
De memória
O tapete em retalhos de todos
Antepassados
Início e fim
Fora do que
Ainda pulsa o mistério ou o milagre
Em manter a acesa a luz do candelabro
Junto à porta principal
Do lado de fora
A escadaria
Eu, tudo
Eu, nada
Meu diário 11/07/2012
Quanto aos carrinhos
Instrumentos delicados
A luz em festa derramava neles
As suas cores
Deixando à mostra todos os seus detalhes
Mecanismos complexos
Que se punham em movimento
Quando o vento os acariciava
Como com feitos de metal e suor
Um tanto quanto pesados
Era o trabalho que continham o que mais impressionava
Trabalhos das mais variadas espécies
A que se ocuparam muitos portais
Eram disfarçados pelo invólucro limpo
Mecanismos complexos
Que se punham em movimento
Quando o vento os acariciava
Como com feitos de metal e suor
Um tanto quanto pesados
Era o trabalho que continham o que mais impressionava
Trabalhos das mais variadas espécies
A que se ocuparam muitos portais
Eram disfarçados pelo invólucro limpo
Espelhado
A arte de muitos
Me completa
Eu, o instrumento
A arte de muitos
Me completa
Eu, o instrumento
Dedicado
terça-feira, 10 de julho de 2012
O Diário de Ronaldo Angelo - 10/07/2012
Meu diário 10/07/2012
Havia, também, além de um par de sandálias e roupas íntimas,
Havia, também, além de um par de sandálias e roupas íntimas,
dois livros contidos nessa pequena caixa
Um discorria das possibilidades físicas
Do porquê que os cristais ou lágrimas
giram ou caem
.O outro
Palavras guardadas estampadas em papel fino
Que também falava de lágrimas
Mas em outro sentido
Não do som
Mas do silencio
Da gota
A de suor
Os livros também tem seus espelhos
Como também
Os seus guardados
A vida passa neles
Como portais inanimados
São o que guardam
Sou o que guardo
Um discorria das possibilidades físicas
Do porquê que os cristais ou lágrimas
giram ou caem
.O outro
Palavras guardadas estampadas em papel fino
Que também falava de lágrimas
Mas em outro sentido
Não do som
Mas do silencio
Da gota
A de suor
Os livros também tem seus espelhos
Como também
Os seus guardados
A vida passa neles
Como portais inanimados
São o que guardam
Sou o que guardo
O Diário de Ronaldo Angelo - 09/07/2012
Meu diário 09/07/2012
A Luz
Me
Retornou um pacote pesado
Nele
Continha
Centenas de tickets de supermercado
Certidões e atestados
Histórico com as minhas notas do colegiado
Trabalhos escolares
E muitos e muitos
Carrinhos
E
Um
Bilhete
" Procure
ME
Conhecer"
A Luz
Me
Retornou um pacote pesado
Nele
Continha
Centenas de tickets de supermercado
Certidões e atestados
Histórico com as minhas notas do colegiado
Trabalhos escolares
E muitos e muitos
Carrinhos
E
Um
Bilhete
" Procure
ME
Conhecer"
O Diário de Ronaldo Angelo 08/07/2012
Meu diário 08/07/2012
Eu
O Espelho
Prisioneiro livre
...
A quem a luz bate à porta
e volta
És livre para
e volta
me deixar entrar por esta porta
e volta
O Espelho
Eu
O poeta
a quem a luz bate agora
e volta
Um segredo a desvendar
Eu
O Espelho
Prisioneiro livre
...
A quem a luz bate à porta
e volta
És livre para
e volta
me deixar entrar por esta porta
e volta
O Espelho
Eu
O poeta
a quem a luz bate agora
e volta
Um segredo a desvendar
Diário de Ronaldo Angelo - 06/07/2012
Meu diário 06/07/2012
Entrei em uma galeria de múltiplos portais
refletidos em espelhos
O rumor era imenso
... mas a música, suave
Molduras polidas ornavam enfeites
tão brilhantes quanto
superficiais
Me vi em diversas formas para cada espelho
que trazia a luz nua em bate e volta infinito
para o quarto escuro
E havia outro que não se podia entrar
A vida é diversa
Entrei em uma galeria de múltiplos portais
refletidos em espelhos
O rumor era imenso
... mas a música, suave
Molduras polidas ornavam enfeites
tão brilhantes quanto
superficiais
Me vi em diversas formas para cada espelho
que trazia a luz nua em bate e volta infinito
para o quarto escuro
E havia outro que não se podia entrar
A vida é diversa
O Diário de Ronaldo Angelo - 05/07/2012
Meu Diário 05/07/2012
Descobri que a vida se devora
Sonhos, desejos, provocações
O tridente
Com o que a vida se consome
E chora
pelo caminho em que promove o valioso resgate
A vida se renova
A vida não sonha
A vida não quer
A vida se estabelece
A vida é e segue
Multiplicando seus portais
A luz que cega
Descobri que a vida se devora
Sonhos, desejos, provocações
O tridente
Com o que a vida se consome
E chora
pelo caminho em que promove o valioso resgate
A vida se renova
A vida não sonha
A vida não quer
A vida se estabelece
A vida é e segue
Multiplicando seus portais
A luz que cega
O Diário de Ronaldo Angelo - 04/07/2012
Meu diário 04/07/2012
De volta ao pó
Vi um portal singular
Nele a vida se ramificava e disparava folhas
Como também flores
Que voltavam à terra como confetes
Fiquei um tempo até me cobrir deles
Eu um confete
Disparado pela árvore da vida humana
Vi um portal singular
Nele a vida se ramificava e disparava folhas
Como também flores
Que voltavam à terra como confetes
Fiquei um tempo até me cobrir deles
Eu um confete
Disparado pela árvore da vida humana
O Diário de Ronaldo Angelo - 03/07/2012
Meu Diário - 03/07/2012
Eu, um portal, por onde a vida passa de comprido e de través
Tomei as asas de uma gaivota e me fiz mais alto
De cima
A esfera com o infinito ao seu redor
Uma partícula minúscula
A Terra
Por onde a vida passa por dentro e em volta
Gira
E
Volta.
Eu, um portal, por onde a vida passa de comprido e de través
Tomei as asas de uma gaivota e me fiz mais alto
De cima
A esfera com o infinito ao seu redor
Uma partícula minúscula
A Terra
Por onde a vida passa por dentro e em volta
Gira
E
Volta.
O Diário de Ronaldo Angelo - 02/07/2012
Meu diário 02/07/2012
Saí e fui ver a vida
Pus os pés na terra que à primeira vista me pertencia
Andei por um espaço e me deparei com dois grandes mistérios
Pareciam dois imensos portais
Subi o mais alto que pude para alcançar o primeiro e de lá me alinhei com o infinito
De um infinito a outro e eu no meio
Eu, um portal.
Saí e fui ver a vida
Pus os pés na terra que à primeira vista me pertencia
Andei por um espaço e me deparei com dois grandes mistérios
Pareciam dois imensos portais
Subi o mais alto que pude para alcançar o primeiro e de lá me alinhei com o infinito
De um infinito a outro e eu no meio
Eu, um portal.
O Diário de Ronaldo Angelo - 01/07/2012
Meu diário - 01/07/2012
Oi
Nasci hoje,
precisamente ao dobro das doze horas da tarde
de um dia ensolarado
à musica suave
regada a champanhe
e no estalo da rolha
tchuco!
Oi
Nasci hoje,
precisamente ao dobro das doze horas da tarde
de um dia ensolarado
à musica suave
regada a champanhe
e no estalo da rolha
tchuco!
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