quinta-feira, 29 de março de 2007

A Voz dos Anjos


“A Terra é suficiente para todos, mas não para a voracidade dos consumistas” Gandhi.

Durante o século passado, pensando de forma simplória, a humanidade passou metade do tempo descobrindo formas de geração e a outra metade consumindo os recursos para atender a uma demanda cada vez mais crescente de energia.
Montamos toda uma organização complexa de dependência em torno de um bem único, finito, uma herança fóssil – o petróleo.
Agora, com mais da metade das reservas já queimadas, restando-nos pouco mais de trinta anos, continuamos num ritmo de consumo alucinante, realmente dispostos a queimar até a última gota no menor período possível.
Tal insanidade só é comparada a de um grupo de marinheiros perdidos no oceano infinito que resolvem a queimar o mastro e o velame da caravela para se manterem aquecidos.
Estamos tão tomados por esta doença que ninguém se dá conta que a TV está ligada mas ninguém assiste, que carro é usado para andar poucos metros, que os mais desejados são os mais caros e mais bonitos.
Também os que mais gastam , que ficam horas parados em congestionamento com o motor ligado por causa do ar condicionado.
Fazemos inúmeras tolices que em sã consciência ninguém realmente faria.
Um automatismo maligno parece que se apodera dessa nossa raça, que nos torna surdos às vozes dos anjos e profetas que nos dizem coisas que diriam nossas mães: “vá devagar”, “coma menos”, “não gaste tanto”...

Mas corremos, para daqui a trinta anos chegarmos a lugar algum... e com o tanque vazio.

A solução encontrada até agora é sacrificar alguns pela fome para que outros possam andar de carro, uns três bilhões de acordo com cálculos conservadores de Fidel Castro.
Sobre o uso do álcool combustível:

"Condemned to premature death by hunger and thirst more than 3 billion people of the world,"

O maior dilema humano não está em identificar as vozes divinas, e sim as demoníacas.

terça-feira, 27 de março de 2007

Paciência


Ainda falta eu

Eu primeiro

Escolhe você

Escolho mais tarde

Ou que escolham por você?

Escolher o que?


Paciência

Sou um menino rebelde

E amo essa rebeldia

Eu

Você

Folha

E

Flor

segunda-feira, 26 de março de 2007

A CRIAÇÃO


A criação continua
Um processo de movimento contínuo que podemos chamar de vida
Ou seja, propagação da própria vida
Como poderemos compreender a criação?
A compreensão de nós mesmos, viventes, seria um passo
Ao que parece ser a primeira lei desta aparente desordem, é que estamos imersos na vida e não podemos ver nada além dela
Vida significa ordem
Tudo que nos rodeia e o que podemos ver ou sentir também está impregnado pela vida e, portanto, faz parte dela
Vivemos dentro de um universo vivo e somos a manifestação e a prova de que este planeta é um ser vivo também
Envolto em um manto sagrado

terça-feira, 20 de março de 2007

Fragmentos


Sometimes you disappear in overcast days
But I know
You are in the same place
Shinning in the same way

"O importante é ter bom coração"
Quando não procuramos entender as misérias dos outros
Estaremos muito pouco à vontade em entender as nossas próprias

Se não tentarmos o impossível, escreviam nos muros os jovens revolucionários de Paris em 1968, seremos condenados a afrontar o inconcebível

O Homem se esquece que o universo e a Terra não são resultado de sua criatividade nem fruto de sua vontade. Ele não assistiu seu nascimento, nem inventou qas energias primordiais que continuam agindo no imenso processo evolucionário e que estão atuando em sua própria natureza humana, parte da natureza universal. Ele se encontra na retaguarda, como último a chegar na imensa festa da criação. Por ser anterior a ele, o universo e a Terra não lhe pertencem. Ele, na verdade, pertence à Terra e ao universo

sábado, 17 de março de 2007

De Onde Vens?



De onde tu vens

Quem te enviou

Por amor ao sagrado?


De onde cais-te

De qual nuvem de ternura

De qual florido jardim?


Es preciosa como um por do sol

Brilhante como a primeira estrela

Aquela que vimos juntos


Bem sobre o mar


Meu coracao esta

Com este amor latente desde quando

Eu nao sabia andar


Que maravilha e esta

Estar a beira

De um voo profundo?

O Marinheiro



O Marinheiro
Vei do estrangeiro
Vei pelo mar

O marinheiro
Vei do estrangeiro
Vei pelo mar

Vem aqui te saudar
Vem aqui te saudar
Vem aqui te saudar

O marinheiro e brasileiro
Homem ligeiro do mar

Fugiu das ondas
Grandes medonhas
Nao sabe nadar

Chegou em ti
Bebeu teu riso
Como agua do mar

Sou marinheiro
Homem ligeiro
Para se apaixonar

quarta-feira, 14 de março de 2007

Sonhos




Tudo começou como num sonho cor de rosa
Estávamos no alto da escadaria
Um lugar repleto de anjos
Teu caminhar
Teu encanto sem palavras
Mesmo que divinamente arrumadas em um poema
Um abraço sem fim
Tu enfim
Na Sé
Aos sinos do meio dia
Meus pensamentos ainda em ti
Meus olhos elevados aos anjos do altar
Um rito
Pessoas que se enfileram
Eu em comunhão contigo
Com a benção
Reina o silêncio verde de teus olhos
Que o sarcedote vestia
A vida segue em festa
A pureza de um abraço sentido
Se assemelha ao silêncio das grandes catedrais