quinta-feira, 6 de novembro de 2008

NOTICIAS ENLATADAS


Por que temos que ajudar as montadoras?
As últimas novas são que O BCE (Banco Central Europeu) decidiu nesta quinta-feira reduzir a taxa básica de juros na zona do euro em 0,5 ponto percentual, para 3,25% ao ano, e o Banco da Inglaterra ( O BC Inglês ) também decidiu hoje reduzir sua taxa básica de juros do país de 4,5% ao ano para 3%.
E Mantega confirmou
R$ 4 bilhões do BB, para ajudar os bancos de montadoras a elevar o crédito aos consumidores. No discurso, Mantega afirmou que o dinheiro é suficiente para garantir as vendas nos meses de novembro e dezembro --após esse período, o ministro disse esperar uma normalização do crédito nesse setor. Haja otimismo.

Enquanto isso, o BC já fez atuações no mercado de câmbio no valor de US$ 39,95 bilhões entre os dias 19 de setembro e 05 de outubro para segurar a disparada do dólar.

Está, portanto, aberta a temporada de ajuda aos pobres ricos.

Corre nessas conversas de botequim, uma lenda em que um certo parlamentar nos idos anos 70, um dia se deparou com uma Mercedes conversível na porta de casa, presente para sua esposa segundo a boca rota de alguns, “só para não mencionar a palavra “ferrovia” no plenário” . Coincidência ou não, nossas ferrovias foram desaparecendo a ponto da CSN única fabricante de trilhos nacionais ter abandonado o negócio.
Trilhos, hoje, só chineses.
A construção das estradas de rodagem, ao contrário, tomaram um ímpeto desenvolvimentista espetacular junto com a indústria automotiva, e hoje nos achamos com os pilares de nossa economia assentados sobre essa coisa... movediça!
Curioso, é que, diferentemente da China, da Índia e da Rússia, nossos parceiros na palavra “Bric” , não conseguimos desenvolver uma indústria genuinamente brasileira, ou se desenvolvemos, foi às custas do trabalho heróico do engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, mas que no final deu atolado na praia do Ceará.

Mas por que temos que ajudar as montadoras?

Segundo alguns piadistas americanos, os EUA devem querer nacionalizar ( sim, nacionalizar, porque lá não é politicamente correto falar em estatização) a industria automotiva para continuar fabricando seus jeeps militares, mas é claro que no Brasil isso não faz qualquer sentido.
Também não faz sentido entupir as saturadas vias de mais veículos, pois olhando o minhocão de longe, mais parece uma imensa composição ferroviária tal como andam engatados os carros. A única diferença é que se fosse um trem, se moveria.

Por que temos que ajudar as montadoras?

Sim, acho que posso responder. Deve ser tal qual a ajuda que o psicólogo, místico ou religioso prestam aos doentes terminais, no final de linha, segurando suas mãos para transmitir uma certa sensação de conforto...

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